terça-feira, 22 de julho de 2008

- APONTA O DEDO PRA LÁ


Em certos momentos da vida uma nuvem negra resolve pairar sobre nossas cabeças. Todos já tiveram uma fase ruim onde tudo que pode acontecer de errado, simplesmente acontece. Nossa, e quando você acha que nada mais pode aparecer de mau, o fundo do poço se mostra mais fundo ainda.

Costumo dizer que um dedinho podre encostou em mim. Meus últimos meses têm sido difíceis. De tudo acontece: perco a empregada doméstica (suplício!!), várias mudanças no quadro de funcionários da empresa com difícil adaptação me deixam 24 horas alerta, em sete dias da semana (não tenho sossego e até sonho com o bipbip do Nextel), clientes arruaceiros, caloteiros ou problemáticos (coisa que nunca tinha acontecido em quase cinco anos de empresa), grana curta, discussões familiares sem menor sentido ou motivo (ai, me deixa), amigos com crises, cobranças ou problemas muito além do normal, isso sem mencionar a parte sentimental, opaa, não vou nem entrar nesse mérito. Estou numa que até o pão quando cai no chão, agora cai do lado da manteiga.

Mas não vou reclamar da sandália quebrada no meio da rua, do sono desperto e da ida ao trabalho no meio da madrugada para resolver pepinos, das pessoas que berram e brigam comigo sem ter porque, da minha ida a delegacia, da decepção com atitudes de pessoas que eu esperava mais, dos problemas com serviços e telemarketing (se bem que isso não é fase, e sim carmaaa na minha vida), da dor de cabeça que me persegue há mais de uma semana. Não. Quero falar do depois...

Não sou religiosa, nem supersticiosa, nem pessimista. Mas o que fazer quando a falta de sorte resolve se agarrar a você? Rezar? Correr? Rir?

Em geral sou da turma que ri da própria desgraça. Afinal, se já aconteceu, fazer o que? Mas minhas gargalhadas estão se esgotando, e agora mal consigo esboçar um sorriso. Já não estou achando tão engraçado.

Vai passar? Devo simplesmente cruzar os braços e esperar?

É. Contra fatos inerentes a nossa vontade, infelizmente nada resta senão torcer pelo melhor. Mas gostaria de reiterar que: a nuvem que passa lá cima não sou eu (Gilliard!! haha), apesar de já terem me apelidado de Vandinha, eu não faço parte da Família Adams!!, e não estou na ilha de Lost para ser capturada por nenhuma fumaça esquisita.

Olho gordo, inveja, nuvem negra, não importa o nome. Tudo bem, vem que eu agüento! O que não nos mata nos fortalece. E digo mais: no fundo do meu poço tem uma mola, e quando eu chegar lá, ahhh... Ninguém me segura.

Já diziam os otimistas, depois da tempestade vem a bonança.

Xô uruca!

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