quinta-feira, 26 de junho de 2008
- MOSTRO O MEU SE VOCÊ MOSTRAR O SEU
Não estou aqui pra analisar a privacidade de pessoas públicas. Esse assunto é batido, gera uma série de exemplos pra lá de discutíveis, e não quero causar polêmicas. Não agora...
Volto-me para a análise de exemplos da minha singela vida anônima, para a vida de pessoas comuns como meus amigos, meus vizinhos e aqueles que não conheço, mas que simplesmente vivem ao meu redor.
O melhor exemplo do momento, e não poderia deixar de ser, é o Orkut. Quem não tem, já teve, quem não teve, já ouviu falar, e quem tem está se rasgando de ódio das novas ferramentas de privacidade.
As pessoas que criam um perfil ali, óbvio que querem se expor, e mais do que isso querem saber da vida dos amigos, dos amigos dos amigos, e pior: de pessoas que desconhecem e que realmente nem interessam. É assim. Quantas vezes já me peguei olhando a página de fulano, que nem sei quem é, nem sei como fui parar ali e na verdade, pouco me importa o que ele faz. Então vem a pergunta: olho pra que? Nem eu sei, fui pega desprevenida, quando vi, já estava lá.
E aí começaram as limitações. Podemos escolher quem verá nossos recados, nossas fotos, quem são nossos amigos... Uma série de vetos. Ótimo! Assim não me exponho tanto e posso colocar aquela foto engraçada que saí fazendo careta só para meus amigos verem, posso comentar daquela viagem sem que o mundo inteiro saiba, posso programar saídas sem que corra o risco de pessoas inconvenientes saibam onde eu vou, e nossaaa, posso até deixar as pessoas só verem os próprios recados! Que maravilha!
Opaaa, mas pera aí. E as fotos daquela mocréia que eu queria ver onde anda? E aquele gatinho que eu acompanhava os scraps diariamente pra saber o que ele estava aprontando? Ahhhh não. Acabou a festa.
Daí penso... Tá certo, se eu não quero mostrar o meu, porque outras pessoas também não censurariam os seus?
E na triste esperança de que as pessoas se abram novamente, começo eu dando exemplo, com simples atitudes: Hum, acho que vou deixar meu álbum para todos verem. Quem sabe até os recados ficarão abertos, e só terei o cuidado de apagá-los de quando em quando?! Vou colocar bastantes informações no meu perfil, e que vejam também meus vídeos, porque não?! Começa a lei da compensação. Eu, tão discreta, cheia de poréns, agora expondo um pouco mais, porque se não pode ver nada, qual a graça?
Voltemos então à pergunta inicial: Até onde querer saber sobre a vida alheia é repreensível? Simples. Não é. Desde que respeitemos o limite igual ao que gostaríamos de expor a nossa.
Aprecio a privacidade, mas acredito que também devemos fugir da redoma e nos revelar, nos expor de forma saudável. Que criemos subsídios para falarem de nós, para podermos também saber dos outros, oras. Toma lá da cá. Sem reclamações. Afinal, é assim se aprende - com a vivência dos outros, é assim que se faz novos amigos - colocando as cartas na mesa. A curiosidade faz parte do ser humano, é instigante. Li em definição: “ faz com que um ser explore o universo ao seu redor compilando novas informações às que já possui ". É isso aí, agrega e faz parte da evolução da humanidade.
Sempre existirá aquele que irá esbravejar: "não se meta na minha vida, que eu também não quero saber da sua". Mas cá pra nós. Não quer mesmo?
O poder da privacidade está em nossas mãos, é só saber conduzir.
É por isso que hoje escrevo. Coloco aqui minha campanha: Fora os intrusos e futriqueiros!
Que privacidade seja seletiva para aqueles que não sabem respeitar! Mas, por favor, deixem os inocentes curiosos saberem um pouquinho mais, poxa. Faz bem a alma e aos ouvidos.
PS: Dizem que a curiosidade matou o gato. Que nada! Isso é intriga da oposição, lorota para inibir os mais saidinhos. O gato tá vivinho. Mia todo santo dia lá pertinho do meu trabalho. É sim, já vi! E não faz mal a ninguém.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
- A FRAQUEZA DOS RESIGNADOS
Eu sou daquelas eternas inconformadas. Resignação é uma palavra que raras vezes faz parte do meu vocabulário. Não morro sem antes me fazer ouvir, nem que seja necessário lutar, gritar, chorar, e me debater... Sem medo. Sim, sou eterna defensora dos meus princípios, dos meu interesses, e dos interesses dos meus. Afinal, o senso de luta sempre tem que vir junto daqueles que amamos, que estão ao nosso lado, senão, como seria a guerra de uma pessoa só?
Outro dia fui a um show, e de repente um rapaz empurrou uma moça. Estávamos bem no gargarejo e não entendi bem o motivo da discórdia, mas quando me peguei, estava já no meio apartando o tal confronto. Como um homem vai usar da força bruta contra uma mulher, que era claramente mais frágil e nem ousou reagir? "Hei, cara... qual é? Vai empurrar ela por que? " - Me desculpe, na minha frente, não.
Óbvio que não sou suicida. Se fosse um confronto maior, e houvesse uma arma, ou sei lá, uma situação que poderia me machucar fisicamente, provavelmente me calaria resignada. Mas não, não temo por pouco.
Outra situação me deixou pensando por dias. Estava no Centro da cidade, numa farmácia, e um cara de uns 40 e poucos anos, simplemente pegou e afanou dois desodorantes, tipo aerosol. Não se deu conta que estava sob o meu olhar... E o tempo de eu caminhar até alguem da loja e denunciar, seria o tempo dele sair da loja. Teria que correr a frente dele. Pensei, olhei, me calei. Temi por mim. Temi por ele talvez ter alguma reação bruta... e não fiz nada. Pra mim foi provavelmente mais doloroso assistir a cena, do que pra ele foi roubar. Que direito tem esse cara de pegar algo que não é seu? Não tem dinheiro pra comprar desodorante? Compra polvilho antiséptico, funciona e é barato. Sei lá. Mas com certeza desodorante aerosol não é uma necessidade básica na vida dessa pessoa. Me senti impotente por não poder fazer nada, culpa do tal maldito medo. Me revoltei com a situação e comigo mesma.
Daí páro pra analisar o medo além de situações efêmeras do dia-a-dia. Como o medo nos afeta em atitudes - que pra mim são maiores e mais importantes - que envolvem quem queremos bem?
O que fazer em situações onde nosso bem estar talvez seja alterado, em prol de outra pessoa? Porque eu também conheço pessoas super solícitas, sempre dispostas a ajudar e tal... mas tem um porém: desde que não afete a sua vida, desde que o sacrifício pessoal não seja grande. Humpt. Outros fracos. Caem na categoria dos dilemas morais. Até onde o medo faz o seu interesse pessoal sobrepor a ética e deixar alguém querido na mão? O tal medo de novo aparece e aponta claramente os que são fracos.
Acho que a sinceridade faz as atitudes serem mais perdoáveis. Talvez seja um ato bem corajoso assumir o medo, e a incapacidade de confrontá-lo. Não torna a pessoa menos fraca, mas mostra consideração, e mostra que, no final das contas é uma pessoa melhor. Não pela atitude egoísta que o medo a fez tomar, mas simplemente por mostrar que não a fez resignada, que não se rendeu fácil, que houveram conflitos, e a fraqueza infelizmente levou o troféu. Mostra que mesmo tendo sido um fraco, tem potecial para se fortificar. Ou que se é forte, teve ali, seu momento de fraqueza.
Mas os fracos me cansam. Se resignam. É quem nem aquela velha frase: O pior burro é aquele que não quer aprender. Eles se encaixam nessa mesma categoria.
Diante de dilemas da vida, existem aqueles que agem, que lutam, mesmo que a batalha já esteja praticamente perdida, que se jogam, que se arriscam, que tentam... e existem os que esperam que aconteça ou que simplesmente deixam acontecer. Esta é a diferença dos que nasceram para serem líderes para os que nasceram pra serem liderados. Dos fortes, dos fracos.
Mas pensando bem, se não existissem os fracos, quem os líderes conduziriam? É a balança natural da existência. Felizes aqueles que tem o poder de escolher sua posição.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
- UMA BRECHA AO ROMANTISMO
Recebi este texto ontem.
Também fui inadvertidamente "apresentada" a eles ontem mesmo: são cantores sertanejos!!
Em tempos que falamos abertamente sobre quase tudo, falar de amor, cantando assim aos quatro ventos, é tão fora de moda, cafona, ridículo e totalmente out, que chega quase a ser uma afronta aos nossos ouvidos. Falo isso, porque nasci no Rio, terra do samba, da malandragem, cidade onde todos são os mais espertos e os mais auto-suficientes. Já dizia Adriana Calcanhoto:
cariocas são bonitos
cariocas são bacanas
cariocas são sacanas
cariocas são dourados
cariocas são modernos
cariocas são espertos
cariocas são diretos
cariocas não gostam de dias nublados
cariocas nascem bambas
cariocas nascem craques
cariocas têm sotaque
cariocas são alegres
cariocas são atentos
cariocas são tão sexys
cariocas são tão claros
cariocas não gostam de sinal fechado
É assim mesmo, não há como negar! Mas aonde está o: cariocas são tão românticos?
Não tá! Claro... é porque não são!
E eu, como boa carioca, não fujo a regra e canto:
"Dj aumenta o som... Eu já to de sainhaaaa. Daquele jeeeeito!!! De, de sainha".
"Tentei ligar pra vocêêê. O orelhão da minha rua, estava escangalhado... Meu cartão tava zeradoo, Mas você crê se quiseeeer... "
"Da onde vêm o som?? Rio de Janeiro!
Da onde vem o som? Rio de Janeiro!
E a galera já está ficando louca
Seu Cuca na área
E muito beijo na boca!"
"Vendo pano pra cortina
Vendo verso, vendo rima
Carta pro rapaz e carta pra menina
Eu vendo provas de amores
Por minha poesia e fantasia
Quanto vai pagar?
Um real aí é um real
Um real aí, é um real!!! "
Hahaha, vender prova de amor?? Como assim??
É, esse é o espírito carioca.
Nosso coração não aguenta tanta exposição, tanta declaração melosa como as cantadas pelos sertanejos. Não estamos preparados. Assusta, dá calafrios... e ao ouvir palavras de amor, como as de César Menotti e Fabiano, vem uma coisa lá de dentro... profunda... que mexe com a gente... que sobe pela nossa garganta e quando nos damos conta, sai pela nossa boca: HAHAHA - uma sonora gargalhada, seguida da seguinte zoação: SERTANEJO?? Me poupe!!!
Mas pra não dizerem que estou de má vontade, darei uma chance ao romantismo, eu abrirei meu coração e meus ouvidos... Tentarei ampliar meus horizontes, afinal, sou uma pessoa eclética, e as letras não são lá tão ruins. É só tentar me habituar às melodias e aos intérpretes... ainn.
Bom, enquanto vou tentando, ou ao menos me acostumando a idéia de tentar, mostro que nem tudo está perdido e termino este texto cantando, também de coração, uma música do Cidade Negra, ainda com nosso querido Toni Garrido:
"Quero acordar de manhã
Do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado
No teu seio aconchegado
Ver você dormindo
E sorrindo
É tudo que eu quero prá mim
Tudo que eu quero prá mim..."
;)
PS. A foto inicial - totalmente brega - tem tudo a ver com este texto. Adooreiiii. Rsrsrs
quinta-feira, 19 de junho de 2008
- O QUE DIZER E O QUE NÃO DIZER?
Já fiquei com quase todos meus melhores amigos.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
- (1) i e i (2) i e i (3) i e i ainnnnn!
- MONOBLOCO
- MEU NIVER
Meu aniversário hoje... adooooro.
Sem muito tempo pra discursos, tô aqui apenas para soprar as velinhas!
"Não fazer nada é a felicidade das crianças e a desgraça dos velhos."-, já dizia Victor Hugo.
Pois é, concordo com o Victor (hahaha, íntima), mas ainda bem que estou no meio do caminho, pois ainda tenho muito a fazer. Tudo me interessa, e cada vez quero conhecer mais, aprender mais, saber mais... o céu é o limite. E pra quem o limite é infinito, o que resta? TUDO!
Me auto-denomino mulher polvo, quero fazer tudo ao mesmo tempo agora. Não suporto rotina, odeio afazeres domésticos e vim aqui só pra dançar. hahaha.
Independente, entusiasmada, comunicativa, alegre, irritadiça, inconstante, volúvel, intensa, impulsiva, curiosa, inquieta, temperamental, otimista, mandona, condescendente, ultrafeminina, sofisticada, crítica, inteligente, desastrada, impaciente, viajada, sarcástica, forte, mas sensível, amiga... essa sou eu.
Os adjetivos são inúmeros e não cabem aqui, e minha memória é muuuito fraca (ih, adiciona o esquecida na listinha acima!), mas de um apanhado geral, esta sou eu. Tentando ser uma pessoa melhor, sempre. Os defeitos, juro que tento minimizá-los, mas a essência é inalterável... quanto a isso não posso fazer muito. Me ame ou me deixe. Não quero agradar a todos, apenas aqueles que gosto. Isso já me basta e me deixa feliz!
Sem lamúrias, sem pensamentos profundos hoje. Apenas querendo abraçar a felicidade...
- ALASKA, ESQUECI NÃO!
- PEARL S. BUCK.
"Todas as coisas são possíveis até que elas são comprovadas impossíveis - e mesmo o impossível pode somente ser assim agora."
O agora tá difícil pra mim.
Mas vou vivendo um dia após o outro, e sempre com a esperança que o amanhã será melhor!
Ihhh... melhor? Claro! Meu niver tá chegaaaando! Sai pra lá tristeza. Quero estar com quem realmente gosta de mim! Amanhã tem bolo e tem mais comemorações pela frente!!!
- REFLEXÕES PRÉ-ANIVERSARIO
Os sonhos mudam. Alguns já conquistados, dão lugar a outros e, certas direções na vida fazem muitas vezes o querer se transformar e surgir em forma de novas ambições. Sonhar o que parece inalcançável é difícil e às vezes desanimador, porém o que é a vida senão um constante desafio?
35 anos! Ain. Às vezes me sinto cansada. Detalhe: cansada e não velha! Quem não precisa de um descanso de quando em quando? Até uma criança tem seus momentos de render-se a fadiga. Nesses momentos dou uma pausa pra mim mesma. Pra me curtir, para fazer nada, sorrir, chorar... para saber ficar sozinha com meus pensamentos e poder voltar a realidade melhor.
É... preciso de um breve momento de pausa.