sexta-feira, 28 de novembro de 2008

- ANGÉLICA EM NEW YORK


Passar umas feriazinhas em NY nunca é demais. Seja para passear, para comprar, ou apenas para curtir a cidade onde tudo acontece. E acontece meeesmo. Me sinto no centro do mundo, em uma verdadeira e imensa babilônia cosmopolita.

Alguns me disseram antes de eu vir: “ Vai logo agora? Vai pegar maiooor frio.” Frio em NY, qual o problema? Humpt. Um ótimo motivo para tirar os casacões, cachecóis e todos os lindos acessórios de inverno do armário e levá-los para dar uma voltinha pela 5a avenida. Tá, meu bem?!

Entao cá estou eu, alienada da crise econômica que assola o mundo, imersa em compras, shows, jantares e passeios a pé no meio da noite, sem mesmo ligar para o termômetros que marcam menos cinco graus. Feliz da vida.

Nao nego minha paixão pela cidade, amoooooo, mas confesso que meu amor não é cego. Vejo a cidade insuportavelmente apinhada de gente, num frenético empurra empurra no meio da rua: Sorry, sorry, Uh, sorry. Simpatia limitada e regras levadas à risca, mesmo que sejam absurdas ou injustas. Stay behind the green line... Ha? Comigo? Sim, eu esperando solita uma cabine para experimentar uma roupa, num corredor enorme, a um passinho na frente, sem ninguém atrás de mim. Ok, vou aguardar atrás da linha verde, a 20 centímentros de distância conforme solicitado. Oh, que diferenca. Mc Donalds com aspecto sombrio e sem-tetos dormindo tranquilos sentados à mesa, ou lendo jornais velhos, sem serem ao menos percebidos pelos funcionários. Camelôs e camelôs enfileirados na Broadway vendendo bolsas fakes para turistas tabajaras. E zilhões de taxis e buzinas num trânsito caótico. Ainda assim, amooo NY.

Em meio ao glamour, às artes, e as compras na 5a avenida, ao invés de me sentir Carrie em Sex and the City, acabei me tornando Angélica em seus piores tempos, bem antes de Huck, Joaquim e Benício. E vida de Angélica não é fácil. Quando a perna cansa das longas distâncias, ou o frio aperta, nao há outra alternativa a não ser os famosos amarelinhos. Vou de táxi, você sabe...

Mas o que deveria ser uma solução, acaba se tornando uma tortura por aqui. Ou melhor, uma saga. Primeiro conseguir pegar um táxi livre na rua é quase uma loteria. Dificil mesmo. Aliiii, Sinal com a mão. Cheio. Aliii, sinal com a mão, tem gente. Ai. Dia de chuva esquece, e coloque as pernas para trabalhar. Enfim, depois que finalmente um infeliz aparece livre, comeca a tal triagem. O motorista precisa saber saber se a direção que queremos ir interessa ou não. Pensa que é facil? Nada, o quão longe voce quer ir? Daqui a onze quadras apenas!! Ah, tá. Ainda temos que tocer para ele querer nos levar. Se eu tivesse no Rio e estivesse na zona sul, nunca que conseguiria alguém pra me levar na Barra. Dureza.

Ahhh, e voce acha que acabou? Não respire aliviado ainda. Depois de conseguir finalmente sentar, ligue a tecla SAP, porque entender o que eles falam é pior do que vestibular . Em rápida pesquisa descobri os motoristas dos cerca de 12 mil táxis que rodam a cidade, advém de 85 países diferentes. Agora você imagina a diversidade de sotaques... Hã?? Sorry. Hã??

Pronto, direção informada, feliz a caminho do destino. Vale conferir a rota atraves do GPS, dar olhadinha no canal NY taxi TV, ou pegar dicas na tevezinha... "Chegamos!" - Onde?? é ali na frente. "Não, eu vou virar aqui, pode descer." Como assim???? Até na rua de trás ja fui largada cheia de sacolas em dia de chuva. Pois é, eles te largam peeeerto do endereco que você deu. Onde convém. E não há santo que os faça ir ate a próxima quadra pra te deixar na portinha do hotel. Aqui tá bom, decide ele. Ok, nem discuto mais. Antigamente ainda me dava o trabalho de chamar um ou outro de preguiçoso, que fazia o servico pela metade e blábláblá. Mas de nada adianta, é comportamento padrão. Vão te largar onde eles querem, quer você queira ou não. Como todas as cidades tem seus prós e contras, sinto falta dos meus queridos mal educados e babeiros taxistas do Rio. Ao menos eles me deixam na porta de casa.

Fora o meu embate diário com os taxistas, já lamento ter que ir embora em breve. Assisti a parada da Macys, fiz meus devidos agredecimentos hoje, dia de Thanksgiving. Assisti a mais uma peça da Broadway, jantei fora e decidi... Amanhã vou sair a pé e curtir meu dia de Carrie, porque mais um dia de Angélica, ninguém merece!
PS. Morta de sono, depois de longo dia, e ainda consigo tempo e disposição para escrever aqui. Tava devendo uma postagem, né?

10 comentários:

Erich Pontoldio disse...

AAAAAAdoro New York ... cidade maravilhosa.
Pegar taxi realmente é uma tarefa complicada e mais ainda qdo vc pega um motorista que fala menos ingles que vc.
Aproveite as férias minha amiga.
Bjs

Jaboticaba Preta disse...

Legal!! Até que dia vc fica por ai?

NY é tdo de bom :o)

Beijocas e aproveite ao máximo!!

Miss Thick disse...

Ainnn... Estamos ocm saudades já, amiga!
Tudo bem que eu tbm continuo fora do Rio mas, poooo... Vc ficou incomunicável!

Quero saber TOOODAS as novidades!

Beijusss

Victor Aguiar disse...

Que sorte hein!
São poucos que conseguem.
Aproveite.

Wander Veroni Maia disse...

Oi, Dani!

Ainda não conheço NY, mas deve ser uma bela cidade. Pelo menos, o SEXY AND THE CITTY vende muito bem a cidade para os que ainda não a conheceram...hehehe. Adorei o seu relato!

Abraço,

=]

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http://cafecomnoticias.blogspot.com

FelixCatus disse...

Sorry? Não me lembro de ter ouvido um sorry que seja. Levei cada sacudida, principalmente na 5th...

Dani Uzeda disse...

hahaha, os sorrys foram MEUS!

Rosangela A. Santos disse...

Ainda não conheço NY, mas deve ser uma bela cidade. Pelo menos, o SEXY AND THE CITTY vende muito bem a cidade para os que ainda não a conheceram...hehehe. Adorei o seu relato! [2]

abç..

Erich Pontoldio disse...

Olha só quem está de volta...espero que tenha recarregado as baterias.

Beijocas

Anônimo disse...

ai ai..o que foi isso? acho que foi uma pontada de inveja hehehe
NY cidade perfeita para tirar férias..friozinho booom!
parabéns pelo blog você escreve muito bem
bjus...;)^^